Odontologia Hospitalar como nova especialidade odontológica no Brasil

Odontologia Hospitalar é Reconhecida como Especialidade: Entenda o Que Isso Significa para a Profissão O Conselho Federal de Odontologia (CFO) oficializou, por meio da Resolução CFO-262/2024, a Odontologia Hospitalar como nova especialidade odontológica no Brasil. Essa decisão histórica abre um novo campo de atuação para cirurgiões-dentistas e reforça a importância da presença odontológica nos ambientes hospitalares.

Redação Inova CRO

6/6/20252 min read

O que diz a Resolução CFO-262/2024?
Publicada no início de 2024, a Resolução define a Odontologia Hospitalar como a especialidade responsável pelo cuidado odontológico de pacientes em regime de internação ou em condições clínicas que demandam atendimento em ambiente hospitalar. Isso inclui, por exemplo:

  • Pacientes com comorbidades graves

  • Pessoas internadas em unidades de terapia intensiva (UTI)

  • Indivíduos submetidos a tratamentos complexos ou cirurgias de grande porte

  • Pacientes com necessidades especiais, que exigem monitoramento interdisciplinar constante

O objetivo da norma é garantir a integralidade do cuidado em saúde, assegurando que o tratamento odontológico seja parte da rotina terapêutica em hospitais públicos e privados.

Por que essa regulamentação é tão importante?
A atuação do cirurgião-dentista em hospitais já é realidade em diversas instituições de referência, principalmente nos setores de oncologia, cardiologia, transplantes e terapia intensiva. Contudo, a ausência de uma especialidade formalmente reconhecida gerava insegurança jurídica e restrições de contratação.

Com o reconhecimento oficial, os hospitais passam a contar com marco regulatório claro, permitindo a inclusão de profissionais no corpo clínico, abertura de concursos específicos e estruturação de equipes multiprofissionais com atuação odontológica plena.

Como se tornar especialista em Odontologia Hospitalar?
Para obter o título, o profissional deverá:

  1. Ter graduação plena em Odontologia;

  2. Realizar curso de pós-graduação lato sensu (mínimo de 500 horas) ou residência reconhecida;

  3. Ou comprovar atuação comprovada por meio de títulos e experiência profissional, conforme critérios definidos pelo CFO.

O título de especialista será concedido pelo CFO em parceria com os Conselhos Regionais (CROs), após análise documental e curricular.

Impactos na formação e no mercado de trabalho
As faculdades de odontologia deverão gradualmente adaptar seus currículos para introduzir conceitos e estágios voltados à prática hospitalar. A tendência é o surgimento de novos programas de residência e cursos voltados a essa área.
Do ponto de vista do mercado, a nova especialidade abre uma frente de empregabilidade e protagonismo clínico, além de promover a valorização da odontologia dentro de equipes de saúde integradas.

Quem se beneficia?

  • Cirurgiões-dentistas clínicos que buscam novas áreas de atuação

  • Estudantes que desejam se especializar em um segmento com crescente relevância

  • Hospitais e instituições de saúde, que agora têm respaldo legal para incluir dentistas em seus quadros técnicos

  • Pacientes em situação de vulnerabilidade sistêmica, que passam a contar com uma assistência mais completa e segura